O unico guia da humanidade, em
tais tristes períodos que vivemos, é a Luz interior. Essa luz é tanto a
razão pura quanto a orientação espiritual interior, que é obtida através
da união mística com Deus (princípio Criador).
Muitas vezes, encontramo-nos a sós no mundo. É a luta do bem contra o mal, do bem contra as forças negativas.
“Levanta forte a luz do archote da razão, e penetra nas trevas”
———————
Existe um poder gerador das formas; este poder é a luz.
A luz cria formas conforme as leis das matematicas eternas, pelo equilibrio universal da luz e da sombra.
Os sinais primitivos do pensamento se traçam por si mesmos na luz, que é o instrumento material do pensamento.
Deus é a alma da luz. A luz universal e infinita é para nos como que o corpo de Deus.
A luz corresponde a vida.
A luz é o grande mediador plastico.
A aliança da alma com o corpo é a um casamento de luz e sombra.
A luz é o instrumento do verbo, é a escritura branca de Deus sobre o grande livro da noite.
A luz é a fonte dos pensamentos e é nela que devemos procurar a origem de todos os dogmas religiosos. Porém só ha um dogma verdadeiro, como só ha uma luz pura, só a sombra é variavel ao infinito.
A luz, a sombra é seu acordo.
Se quiseres pois, que o ouro se multiplique em vossas mãos, fazei com que a luz se multiplique e se espalhe em vossa alma.
Eliphas LeviA luz cria formas conforme as leis das matematicas eternas, pelo equilibrio universal da luz e da sombra.
Os sinais primitivos do pensamento se traçam por si mesmos na luz, que é o instrumento material do pensamento.
Deus é a alma da luz. A luz universal e infinita é para nos como que o corpo de Deus.
A luz corresponde a vida.
A luz é o grande mediador plastico.
A aliança da alma com o corpo é a um casamento de luz e sombra.
A luz é o instrumento do verbo, é a escritura branca de Deus sobre o grande livro da noite.
A luz é a fonte dos pensamentos e é nela que devemos procurar a origem de todos os dogmas religiosos. Porém só ha um dogma verdadeiro, como só ha uma luz pura, só a sombra é variavel ao infinito.
A luz, a sombra é seu acordo.
Se quiseres pois, que o ouro se multiplique em vossas mãos, fazei com que a luz se multiplique e se espalhe em vossa alma.
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Experiências Pessoais de um rosa Cruz – texto de cartas de Max Heindel
A natureza tem inumeráveis mistérios que
o homem deseja descobrir. Estão errados os que acreditam na existência
de sociedades possuidoras de segredos determinados que, se quisessem,
poderiam comunicar a outras pessoas não evoluídas espiritualmente. O
homem que, por meio de favores, pretenda obter o saber verdadeiro, esse
que se consegue pelo desenvolvimento espiritual, deixará de esforçar-se
no adiantamento e, ao aderir a sociedades secretas na esperança de
obtê-lo gratuitamente, sofrerá total desengano.
“No verão de 1787, estando eu sentado
num banco de jardim, próximo ao castelo de Burgem, Munich, pensava
profundamente nesse assunto. Um estrangeiro, de aspecto digno e
respeitável, vestido sem a menor pretensão, passeava por uma das áreas
do jardim. Dir-se-ia que a tranqüilidade suprema de sua alma se refletia
em seus olhos. Tinha cabelos grisalhos e o olhar tão bondoso que, ao
passar diante de mim, instintivamente levei a mão ao chapéu. Ele também
me saudou amavelmente.
Senti um impulso de segui-lo e
falar-lhe, mas não tendo a menor desculpa para fazê-lo, contive-me. O
estrangeiro desapareceu, mas no dia seguinte, mais ou menos à mesma
hora, tendo eu voltado ao mesmo lugar na esperança de encontrá-lo, ali
estava sentado num banco, lendo um livro. Não me atrevendo a
interrompê-lo, passeei pelo jardim durante algum tempo. Quando voltei, o
estrangeiro já não estava, mas tinha deixado um livro em cima do banco.
Apressei-me a tomá-lo, esperando ter oportunidade de devolvê-lo e, com
isso, ocasião para conhecer o distinto personagem. Olhei o livro, mas
nada pude ler porque estava escrito em caracteres caldaicos. Só na
página do título eslava escrita, em latim, uma breve sentença que dizia
assim: aquele que se levanta cedo em busca da sabedoria, não precisa ir
muito longe, encontra-a sentada defronte da sua porta.
Os caracteres do livro eram muito
formosos, de um vermelho muito brilhante, a encadernação de um azul
magnífico, com fechos de ouro. O papel finíssimo, branco parecia emitir
todas as cores do arco íris, à maneira de nácar. Uma fragrância
esquisita penetrava as folhas daquele livro.
Durante três dias consecutivos, às doze
fui àquele lugar, na esperança, em vão de encontrar o estrangeiro. Por
fim, descrevendo o cavalheiro a um dos guardas, soube que era visto com
freqüência, às quatro da manhã, passeando à beira do Isar, perto de lima
pequena cascata, num sítio chamado Pralerâ . Indo ali, no dia seguinte,
fiquei surpreendido ao vê-lo a ler outro livro parecido com o que eu
encontrara.
Acerquei-me para devolver-lhe o livro,
explicando como tinha chegado às minhas mãos, mas ele pediu que o
aceitasse e o considerasse como presente de um amigo desconhecido. Ao
retorquir que não podia ler o seu conteúdo, excetuando os dizeres da
primeira página, respondeu que tudo quanto dizia o livro se referia ao
que aquela sentença expressava. Pedi-lhe que me explicasse e o
estrangeiro, ao longo do passeio que, por algum tempo, demos pela margem
do rio, contou-me muitas coisas importantes sobre as leis da natureza.
Tinha viajado muito e possuía um verdadeiro tesouro de experiências.
Ao nascer do sol disse: ‘Vou mostrar-lhe
algo curioso’ e sacou do bolso um pequeno frasco deitando na água
algumas gotas do seu conteúdo. Imediatamente as águas do rio começaram a
brilhar com todas as cores do arco-íris, até uma distância de mais de
trinta pés da margem. Alguns trabalhadores das imediações aproximaram-se
para contemplar o fenômeno. A um deles, que estava enfermo, padecendo
de reumatismo, o estrangeiro deu algum dinheiro e certos conselhos,
assegurando-lhe que, se os seguisse, em três dias estaria bom. O
operário agradeceu mas o estrangeiro respondeu-lhe: Não me agradeça mas
sim ao poder onipotente do bem .
Ao entrarmos na cidade, convidou-me para
um novo encontro, no dia seguinte, mas sem declinar o nome nem o lugar
de sua residência. Encontrei-o no dia seguinte e dele soube coisas de
tal natureza que ultrapassaram tudo quanto podia imaginar acerca dos
mistérios da Natureza. Todas as vezes que me falava das grandezas da
criação parecia estar possuído de um fogo sobrenatural.
Senti-me confuso e deprimido ante tão
superior sabedoria e maravilhava-me ao pensar em como podia ter
adquirido esses conhecimentos. O estrangeiro, lendo meus pensamentos,
disse: Vejo que ainda não vos decidistes a respeito da espécie de ser
humano em que qualificar-me, mas asseguro-vos que não pertenço a nenhuma
sociedade secreta, embora conheça os segredos de todas as sociedades
semelhantes. Amanhã vos darei mais explicações, agora tenho várias
coisas que fazer.
Tendes negócios, perguntei, desempenhais algum cargo público?
-Querido amigo, respondeu-me o estrangeiro, quem é bom encontra sempre em que ocupar-se e fazer o bem é o emprego mais alto que o homem pode desempenhar.
-Querido amigo, respondeu-me o estrangeiro, quem é bom encontra sempre em que ocupar-se e fazer o bem é o emprego mais alto que o homem pode desempenhar.
Dito isto, partiu e não o vi mais
durante quatro dias. No quinto chamou-me pelo nome às quatro da manhã,
pela janela do meu quarto e convidou-me para um passeio. Levantei-me,
vesti-me e saímos. Contou-me, então, algumas coisas sobre a sua vida
passada e, entre elas, que, por volta dos 25 anos, travara conhecimento
com um estrangeiro que lhe ensinou muitas coisas e lhe ofereceu um
manuscrito que continha ensinos notáveis. Mostrou-me o manuscrito e
lêmo-lo juntos.
Eis aqui alguns extratos do mesmo:
Novas ruínas descobertas do Templo de
Salomão – Assim como a imagem de um objeto pode ser vista na água, do
mesmo modo os corações dos homens podem ser vistos pelos sábios. Deus te
bendiz, filho meu, e te permite publicar o que digo para que, assim,
aos homens sejas benéfico. Filius Vitis (Filho da Vida), um dos Irmãos
mostrou-me o caminho para os mistérios da natureza, mas durante largo
tempo absorvi-me nas ilusões que flutuam nas margens desse caminho.
Finalmente, convenci-me da inutilidade de semelhantes ilusões e abri meu
coração de novo aos cálidos raios do amor divino, do grande sol
espiritual.
Então, reconheci a verdade: que a posse
da sabedoria divina tem mais valor do que a posse de tudo mais; que o
saber humano nada vale e o próprio homem nada é se não se converte em
instrumento para a sabedoria divina. Esta sabedoria, desconhecida para o
sábio do mundo, é conhecida por algumas pessoas. Oceanos separam o país
dos sábios daquele onde moram os néscios. Tal país não será descoberto
enquanto os homens não acostumarem os olhos à radiação da luz divina.
Ali, no Templo da Sabedoria, há uma inscrição que diz: Este templo é
sagrado pela contemplação das divinas manifestações na natureza.
Sem verdade não há nenhuma sabedoria,
nem existe verdade sem bondade. A bondade raramente se encontra no
mundo. Por isso, freqüentemente, as verdades e a sabedoria do mundo não
são mais do que loucuras. Estamos livres de preocupações e, com os
braços abertos, recebemos os que vêm até nós trazendo o selo da
divindade. A ninguém perguntamos se é judeu ou pagão. Tudo quanto
exigimos é que se mantenha fiel a sua humanidade. O amor é o traço de
união entre nós e por ele trabalhamos em prol da humanidade.
Conhecemo-nos uns aos outros pelas obras e quem possui mais elevada
sabedoria é o maior entre nós. Nenhum homem pode receber mais do que
merece. O amor divino e a ciência são-lhe dados proporcionalmente à sua
capacidade para amar e para saber.
A fraternidade dos sábios é eterna e
absoluta. O sol da verdade eterna ilumina o seu templo. O cristal é
aquecido pelo sol e esfria-se quando afastado da luz: do mesmo modo,
quando a mente do homem é penetrada pelo divino amor obtém sabedoria,
porém, se se afasta da verdade, a sabedoria se extingue. As sociedades
secretas e sectárias perderam a verdade e delas a sabedoria desapareceu.
Amam aos que servem seus particulares interesses e empregam fórmulas e
símbolos de que não compreendem a significação. De filhos que eram da
luz, converteram-se em filhos das trevas. O Templo de Salomão construído
por seus antepassados foi destruído, não existe dele pedra sobre pedra.
A maior confusão reina em suas doutrinas. As colunas do Templo ruíram
e, no lugar do santuário, rastejam agora serpentes venenosas. Se desejas
saber a verdade ou não do que digo, empunha o facho da razão e entra
nas trevas. Contempla o trabalho das sociedades sectárias realizado no
passado e no presente e só verás egoísmo, superstição, crueldade e
assassínio.
O número dos seres humanos que vive
sumido nas trevas é de milhões, mas o número dos sábios é pequeno. Vivem
em diferentes partes do mundo, a grande distância uns dos outros mas
estão inseparavelmente unidos em espírito. Falam diversas línguas, mas
todos se compreendem porque a língua dos sábios é espiritual. Opõem-se
às trevas e ninguém mal intencionado pode aproximar-se da luz porque
suas próprias trevas o destroem. Os homens os desconhecem. Dia virá que,
movidos como por um impulso do dedo de Deus, num momento destruirão a
obra secular dos malvados. Não busques a luz nas trevas nem a sabedoria
nos corações dos malvados. Se te aproximares da verdadeira luz
conhecê-la-ás e iluminará a tua alma.
Estes são alguns extratos do manuscrito.
Continha muitas notícias sobre os Irmãos da Cruz e da Rosa de Ouro. Não
me é permitido falar de tudo quanto nele aprendi; em resumo,
depreende-se que os verdadeiros Rosacruzes formam uma sociedade
espiritual que nada tem a ver com as sociedades secretas do mundo. Não
constituem uma sociedade, no sentido literal da palavra, porque não têm
estatutos, nem regras, nem cerimônias, nem cargos, nem reuniões, nem
nada do que estrutura as sociedades secretas. É certo grau de sabedoria
que converte um homem em Rosacruz.
Porque é um Iniciado compreende
praticamente o mistério da Cruz e da Rosa, a lei da evolução da Vida.
Seu conhecimento prático transcende toda teoria e conhecimento
intelectual. É inútil meditar sobre questões místicas que estão além do
nosso horizonte mental. É inútil tentar penetrar nos mistérios
espirituais antes de nos espiritualizarmos. O conhecimento prático supõe
prática e só pode ser adquirido pela prática. Para obter poder
espiritual é necessário praticar as virtudes espirituais da Fé, da
Esperança e da Caridade. A única maneira de chegar a sábio é cumprir,
durante a vida, seu dever. Amar a Deus em toda a humanidade e cumprir
seu dever, eis a suprema sabedoria humana, emanada da Sabedoria Divina.
Na medida em que aumenta o amor e a
sabedoria, aumenta o poder espiritual que eleva o coração e alarga o
horizonte mental. Lenta e quase imperceptivelmente, abrem-se os sentidos
internos, adquire-se maior capacidade receptiva e cada passo para o
alto dilata o campo de visão. Dignas de lástima são as sociedades e as
seitas que tentam obter o conhecimento das verdades espirituais por meio
da especulação filosófica, sem a prática da verdade. Inúteis são as
cerimônias, meras exterioridades, se não se compreender sua significação
oculta. Uma cerimônia nada vale, é mera ilusão e impudor se não
expressar um íntimo processo da alma. O símbolo, pelo contrário, é
facilmente compreendido quando a íntima vivência é real. A incompreensão
do significado dos símbolos e as conseqüentes disputas e diferenças de
opiniões demonstram que as diversas seitas perderam o poder interno e
possuem unicamente a forma morta.
A religião das seitas e sociedades
secretas funda-se no amor e na admiração egoístas do eu pessoal. É certo
que algumas pessoas generosas e desprendidas aí se encontram, mas a
maioria espera obter benefícios, roga por sua salvação e age bem com
mira cm recompensas. Por isso, vemos o cristianismo dividido em centenas
de sociedades, seitas e religiões diferentes, muitas detestando-se e
procurando prejudicar-se umas às outras. Vemos o clero de todos os
países ansioso de poder político e de servir os interesses da sua
igreja. Perdeu de vista o Deus Universal da humanidade e colocou em Seu
lugar o ídolo do eu pessoal. Pretende possuir poderes divinos e emprega
sua influência na obtenção de benefícios materiais para a sua igreja. E,
assim, o divino princípio de Verdade é prostituído todos os dias e
todas as horas nas igrejas, convertidas em mercados. O templo da alma
está ocupado por mercadores, o Espírito de Cristo está ausente.
Cristo, a Luz Universal do Logos
Manifestado, a Vida e a Verdade, está em toda a parte, não pode ser
encerrado numa igreja nem numa sociedade secreta. Sua igreja é o
Universo e seu altar o coração de cada ser humano que recebe a sua luz.
O verdadeiro discípulo de Cristo não
sabe o que é desejo egoísta. Não se preocupa com o bem estar de outra
igreja que não seja aquela, suficientemente ampla, que possa conter a
humanidade inteira, não lhe importando as diferentes opiniões. Nem se
preocupa com a salvação pessoal e muito menos espera obtê-la à custa de
outrem. Sentindo o amor imortal, sabe que ele próprio é imortal,
reconhecendo que na consciência de Deus mergulham as raízes do seu Ego
individual. O verdadeiro Filho da Luz harmoniza a vontade, o pensamento e
o desejo com o Espírito Universal. Pôr o Ego receptivo à divina Luz,
executar a sua Vontade e, deste modo, converter-se em instrumento do
poder de Deus manifestado sobre a Terra, eis o único meio de adquirir a
ciência espiritual”.
Baseado em texto rosacruciano de experiencias místicas de Max Heindel
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